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Museu da Inconfidência homenageia a rica história de Minas

  • Foto do escritor: Lu Rezende
    Lu Rezende
  • 6 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 12 de jun. de 2023

Antiga Casa da Câmara e Cadeia guarda documentos, objetos, pinturas e retratos imperiais, móveis, peças do vestuário usado pelos grandes personagens da época


Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, também abriga uma significativa coleção de manuscritos acerca da música colonial mineira (Foto: Lu)


Primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial, conferido pela Unesco, em 1980, Ouro Preto é história pura. Suas construções remetem a um passado de riqueza cultura incrível, como o Museu da Inconfidência.

Localizado na Praça Tiradentes, ocupa a antiga Casa da Câmara e Cadeia de Vila Rica. Foi construído entre os séculos XVIII e XIX, precisamente entre os anos de 1785 e 1855.

Na década de 1780, Minas Gerais possuía características distintas das demais capitanias e se encontrava numa situação nada aceitável de dependência colonial imposta pela metrópole.

A mineração possibilitara o surgimento de diversos grupos na sociedade, dentre eles, homens livres ansiosos por abrirem seus próprios caminhos, lutarem pela autossuficiência local e definirem soluções, principalmente nos campos econômico e político. Uma carga tributária alta pesava sobre a população da região mineradora. Pressões de diversas formas geravam um clima de insatisfação.


Libertação de Portugal


Em 1788, passaram a se reunir, de forma furtiva, militares, eclesiásticos e intelectuais, projetando um movimento de libertação do julgo de Portugal. A Derrama, que era o imposto que o povo seria forçado a pagar caso a quantidade de ouro devida à Coroa Portuguesa não fosse paga, era esperada para fevereiro de 1789. Época da escassez do ouro.

Isso faria emergir o latente descontentamento popular. A Derrama foi suspensa, porém não a dívida com Portugal. Joaquim Silvério dos Reis, grande devedor da Real Fazenda, viu na denúncia da conspiração a oportunidade do perdão de seu débito. Ocorreu a delação em meados de março de 1789. Em maio foi aberta uma devassa, pelo vice-rei, para apuração dos fatos.

A conclusão do processo se deu em 1792, e a execução de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, considerado o maior responsável pela conspiração, foi no dia 21 de abril daquele ano. Os outros inconfidentes foram degredados para a África.

O monumental edifício da Praça Tiradentes, hoje Museu da Inconfidência, era destinado a sede do poder municipal. O projeto foi da autoria do capitão-general Luís da Cunha Meneses, então governador da Capitania, época do declínio da atividade mineradora. Os recursos para o custeio da obra vieram de loteria criada para esse fim.

As sete décadas de construção da fortaleza contribuíram para que sua forma, calcada no estilo renascentista, incorporasse diversas influências arquitetônicas.

O prédio, que funcionou como Câmara e logo após foi então destinado, na sua totalidade, à prisão. Foi esvaziado em 1938, com a construção da Penitenciária de Neves nas imediações de Belo Horizonte. Passou ao domínio da União, para nele instalar o Museu da Inconfidência em dezembro daquele mesmo ano. Foi, então, inaugurado em 1944 durante o governo de Getúlio Vargas.


Preservação da memória


Hoje, o museu guarda documentos que resgatam os acontecimentos da época, objetos, pinturas e retratos imperiais, móveis, peças do vestuário usado pelos grandes personagens da época, carruagens, joias, além de um vasto acervo da época da Inconfidência Mineira.

Os restos mortais encontrados no Panteão do Museu, no primeiro andar, seriam dos inconfidentes Domingos Vidal Barbosa Lage, José de Resende Costa e João Dias da Mota, mortos no degredo.

O museu guarda também uma significativa coleção de manuscritos acerca da música colonial mineira, além de uma enorme coleção de arte barroca, como oratórios e esculturas de madeira talhada. Lá se encontram os restos da madeira usada na forca de Tiradentes.

O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um rico painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde, o Aleijadinho.


Na galeria, imagens detalham o rico acervo do museu:


Fotos: Tavinho

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