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Forte de Santa Catarina resiste ao tempo graças à fundação promotora de atividades culturais

  • Foto do escritor: Lu Rezende
    Lu Rezende
  • 21 de abr. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 12 de jun. de 2023

Construído para defender a região de invasões, monumento fica em Cabedelo e é uma das atrações para quem viaja à Paraíba

O nome forte é uma homenagem à duquesa portuguesa Dona Catarina de Bragança (Foto: Fundação Fortaleza de Santa Catarina/Divulgação)


Um dos patrimônios mais antigos do Brasil e mais importantes da Paraíba, o Forte de Santa Catarina de Cabedelo (pequeno cabo), popularmente chamado de Fortaleza de Santa Catarina é um conjunto histórico e cultural construído em meados dos anos de 1580.

Localizado às margens do Rio Paraíba do Norte, o forte foi construído em taipa, um tipo de madeira, quando da dominação da área pelos portugueses, por ordem do Governador Geral de Pernambuco.

Os objetivos da obra foram conquistar a região, fundar a Capitania da Paraíba e defender a região e o litoral paraibano dos ataques e invasões holandesas e francesas.

O forte passou a se chamar Santa Catarina em homenagem à duquesa portuguesa Dona Catarina de Bragança, fato que coincidiu com a fundação da Capela do Forte dedicada a Santa Catarina de Alexandria.


Período holandês


Por volta de 1600, houve a primeira investida holandesa ao forte. Desembarcaram 1.300 homens e após dias de muita luta, os portugueses obrigaram os holandeses a se retirarem.

Em 1634, houve nova investida holandesa - desta vez com 1.600 homens. O forte resistiu com um pesado fogo de artilharia, no entanto, acabaram tomando a região. O comandante do forte João de Matos Cardoso abandonou o local mas deixou todo o seu armamento para trás.

Os holandeses aumentaram o tamanho da fortificação e a renomearam para Fortaleza de Margarida.

Em 1654, caiu o domínio holandês no nordeste brasileiro e portugueses recuperaram o domínio da construção.


Visita de Dom Pedro II


Em 1859, o forte recebeu a visita do imperador D. Pedro II, sob festa e regozijo popular. Porém, nos anos de 1870, após passar pelas mãos de várias pessoas, segundo relatos históricos, o forte já se encontrava abandonado e em ruínas.

No final da década do mesmo ano, foi cedido aos cuidados da marinha. O edifício se tornou uma cadeia pública e em 1907 deixou de ser uma fortificação e voltou a ser abandonado. Só em 1972 voltou a ser restaurado, mais de 30 anos depois de ter sido considerado Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional).


Atividades Culturais


De 1991 até os dias atuais, quem cuida e preserva o local é a Fundação Fortaleza de Santa Catarina que administra o monumento e o seu entorno, fortalecendo-o como Centro de Atividades Culturais. Com a ajuda de guias voluntários, oferecem um tour histórico pela fortificação.


O forte Santa Catarina sedia diversos eventos culturais e históricos em suas instalações (Fotos: Redes Sociais)


Os visitantes passam pela Casa do Capitão-mor da Capitania, que abriga diversas obras em exposição e um gigantesco painel de azulejos coloridos.

Na Casa da Pólvora encontra-se uma coleção de azulejos históricos, alguns com os brasões de famílias importantes da época colonial.

Existe também, em uma das salas, uma mostra histórica sobre a vida dos índios, e alguns itens que foram achados nas escavações feitas no local.

O forte ainda conta com uma capela, um salão para as exposições temporárias, passagens secretas que podem ser vistas, antigos artefatos que eram utilizados para a pesca de baleias e um enorme pátio em cima da muralha, que fornece uma visão panorâmica do forte e do mar.

Além das exibições existe uma lojinha de artesanato, onde o visitante pode comprar souvenires.

Anualmente, acontecem diversos eventos culturais e históricos. O mais famoso, no entanto, é a Encenação da Paixão de Cristo.

Em 2017, o Forte de Santa Catarina foi indicado para entrar na lista do Patrimônio Mundial da Humanidade.

O edifício foi construído nos anos 1600 para defender a Capitania da Paraíba de invasores (Foto: Tavinho)

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